São várias as vezes em que me ponho a pensar na vida, por vezes, inutilmente. Todavia, acho, cada vez mais, que perder inutilmente o tempo desta forma me faz bem. Agora vamos todos dar as mãos, como os meninos da primária, vamos fechar todos os olhos e vamos reflectir todos ao mesmo tempo. Estão a gostar da minha ideia?
Vá, mas não cortemos a ligação, continuemos. Vamos observar atentamente os nossos pensamentos. E quando estivermos suficientemente concentrados vamos pensar como gostávamos que fosse a nossa vida, o que lhe acrescentaríamos, as limitações que eliminávamos, enfim, os prós e os contras. Aliado a isso, vamos juntar os nossos objectos, os nossos materiais, as nossas peças de vestuário preferidas, as nossas fotografias antigas, os nossos livros predilectos e tudo o mais que gostamos. Agora pensemos nas pessoas, nos familiares, nos amigos, naquelas pessoas mais especiais. Resumindo, divaguem nas vossas recordações, nos melhores momentos passados, na vossa vida... mas divaguem com profundidade.
Agora que finalmente já temos tudinho, vamos agarrar nisso tudo e vamos colocar tudo num saco. Depois misturamos, agitamos e escolhemos uma dessas coisas aleatoriamente. O resto, o que a sorte não nos permitiu obter, esquecemos. Mas esquecemos como se nunca tivessem existido. Posteriormente, começamos a vida do zero, tendo aquela recordação da vida passada.
Deve ser difícil fazer isso, desapegarmo-nos do que um dia foi nosso. No entanto, deve ser interessante fazer este exercício literalmente. Começar a vida do zero. Eu gostava. Mas não posso.
Aqui fica a minha teoria. Espero que tenham gostado. É preciso ter-se coragem para concretizar isto.
