domingo, 30 de junho de 2013

Das amizades.

Há amizades e amizades. Sou uma pessoa que demora o seu tempo para se dar com alguém. Não é imediato. Tendo a ser uma pessoa resguardada. Além de tímida. É feitio, faz parte da minha personalidade. Há aquelas pessoas que reconhecemos que vão ser nossos amigos, ainda há outras que vemos não não vão passar de meros colegas. Na primária, tive grandes colegas, com os quais ainda mantenho contacto. No básico, ganhei a minha melhor a amiga, com a qual mantenho contacto até hoje.   É curioso porque por mais que o tempo passe, quando falamos uma com a outra, parece que o tempo não passou, há à-vontade, não há medos de pedir o que quer que seja. Do básico, ficou a recordação da viagem de finalistas, do assalto ao castelo, em que nos perdemos em plena noite no Algarve, em que encontrámos garrafas partidas (lembro-me como se fosse hoje). No secundário, as amizades não foram muito fortes, mas eu já sentia isso, apesar de estarmos muito ligados no momento, sabia que não ia perdurar. Nós temos a capacidade de ver quem se irá tornar nosso amigo ou não, apesar da distância (ainda que nem seja no espaço, neste caso, antes temporal). Na universidade, ficaram alguns conhecidos e colegas, mas, sobretudo, ficou um núcleo de amigas especial, um núcleo que já partilhou comigo experiências muito loucas e aparvalhadas. Mas a amizade é isso mesmo, partilhar parvoeiras, nos momentos mais difíceis, felizes ou tristes. Foram muitos dias a trocar pensamentos, sorrisos, choros. Apesar da simplicidade de cada uma delas, consegui retirar um pedaço de cada uma delas. E ainda continuo a retirar. Também eu dei uma boa parte de mim e, foi com elas que, aprendi a ser mais feliz. Mais aberta com o mundo que me rodeia, principalmente com a S*. 

Este ano apesar de totalmente diferente dos anteriores. Muitas coisas mudaram, em múltiplos aspectos. A nível familiar (doenças), universidade (mudanças). Mas as amizades verdadeiras perduraram. E é isso que caracteriza uma amizade. O facto do tempo passar e não haver quaisquer tipo de problemas em pedir isto ou aquilo, porque quem gosta não critica após um pedido de ajuda, mostra-lhe antes o melhor caminho, ou, pelo menos, apoia, sustém. E, por exemplo, uma 'amiga' do secundário (que deixou de o ser) mostrou como realmente era. E quando assim é, sei que o melhor é mesmo afastar-me. Porque quem é verdadeiro, faz por ficar, não vai embora. 

2 comentários :

Ju. disse...

Precisava deste texto pois ando um bocado confusa quanto a certas amizades! Obrigada!
Beijinho*

Sofia disse...

Ai a viagem de finalistas o.O e o assalto ao castelo... nós fomos, provavelmente, as últimas a chegar ao fim... aquilo era muito foleiro, também me lembro das garrafas partidas no chão... pelo menos ninguém se magoou. Lembras-te dos monitores e das nossas conversas à noite? XD Ahah Acho que uma vez estávamos todas a falar e apercebemo-nos de que a prof. de Geografia estava a vir vigiar os quartos e conseguimos desligar tudo e fazer de conta que estávamos todas a dormir xD Mas nós nem éramos muito barulhentas...
O secundário para mim foi, no geral, a pior fase da minha vida... mas passou e, no último ano, até que tive imensas surpresas... apesar do grupo de amigos que fiz e pensava ser verdadeiro não ter durado, excepto o David, foram bons tempos também e deram-me a força de que precisava. Enfim... Sei que achas que deveria ter ficado em Ciências, mas mudar para Humanidades foi das decisões da minha vida que mais feliz me deixam! Não me arrependo nada...
Agora, as coisas vão sendo novas, mas é como dizes, a amizade caracteriza-se por, ao fim destes anos todos, perdurar. E ainda bem!
Fico feliz por, passados estes anos, mantermos contacto :)