E se me perguntassem se o mundo está de cabeça para baixo? ( e o "isto")

Bem, eu diria que sim. Cada vez mais acho que as pessoas estão a perder o caminho, o rumo, a estrada, a bússola, o mapa. Digo isto pelas conversas que oiço, pela modificação de comportamentos a que assisto.E, sobretudo, pela rapidez em que "isto" decorre. Decerto que "isto" sempre aconteceu. Mas hoje pela comunicação permanente, pelo cobiçar das "modas de comportamentos mundanos", pela ambição em ir mais além, pelo desejo e conexão com o materialismo exacerbado... talvez "isto" tenha vindo mesmo para ficar. 

Hoje vive-se uma crise económica e também financeira, bem como uma tremenda crise de valores. Acho que esta crise global (e, portanto, em vários âmbitos) deve preocupar as gentes de hoje, bem como as gerações de amanhã. Noto um desapego pelo que é humano, um enaltecer pelo o que é material e "isto" liga-se na perfeição com a perda de dignidade humana. "Isto" começa em cada um de nós e transparece-se para quem está em nosso redor. Influencia, amplifica-se. Contudo, a questão que se coloca é... como combater "isto"... esta crise, esta perda de valores?

Hoje faz-se tudo, faz-se o que se quer e o que não se quer. Usa-se e abusa-se da nossa liberdade e da liberdade alheia, da inveja, dos falsos sentimentos, dos enganos e, consequentemente, das traições. Será este o rumo que quereremos nós dar ao nosso futuro? Será assim que iremos educar as gerações que aí vêem? Um dos problemas é que hoje o acesso a tudo é simples e rápido. Se "isto" ou aquilo não nos corre bem, poderemos cair num abismo sem fundo e, portanto, nas drogas, no álcool, no vício... num afundar  do barco (que é a vida).