A vida, por vezes, parece um dado adquirido. Parece. Mas não é. Só quando nos vemos em situações mais delicadas é que apreciamos a sua essência. Tento diariamente valorizar tudo quanto tenho. Pode até não parecer. Mas tento. Tento valorizar-me a mim e, sobretudo, tento valorizar as pessoas que mais me valorizam. Gosto dos meus pais incondicionalmente.
É importante sentirmos apoio nos momentos mais cruciais da nossa vida. E deles tive apoio sempre. Ora de um, ora de outro. E quando falo em apoio, falo em muitas coisas: palavras, toques, sorrisos, lágrimas, olhares, abraços. Os olhares falam. Eles, os olhos, são o espelho da alma. São deles que nos escorrem as lágrimas. Porém, também sorriem. Eu gosto de olhos expressivos. Gosto de olhares que nos envolvem e que nos tocam na alma. O silêncio também fala. Eu aprecio muito o silêncio. Gosto de analisar o que se passa à minha volta. Analiso e calo. Calo porque, às vezes, as palavras não dizem nada.
Hoje tudo (ou quase tudo) se compra. Mas o amor ainda não está à venda dentro de pacotes, embalagens. O amor não chega em embrulhos. O amor sente-se. O amor não está em anéis de diamantes. Não está no ouro, nem na prata. O amor está na compreensão, nas cedências, nos abraços, nas aprendizagens.
Sim, para mim o valor da vida está no amor.
Espero que tudo corra bem, como até agora tem corrido.