sábado, 27 de outubro de 2012

Da liberdade.

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Hoje não acordei muito bem disposta. O dia até começou com uns raios de sol. Mas o que querem que vos diga? Acordei com os pés de fora. Não gosto muito que me contrariem, quando eu faço tudo o que posso para não desapontar ninguém e, sobretudo, para não desapontar a mim mesma. Ontem fui ao médico, e a consulta que era para ser sobre uma determinada especialidade, acabou por se tornar numa espécie de consulta de psicologia. Gosto deste género de médicos que tentam abrir a mente... nomeadamente... à minha mãe que me acompanhou. Há que mudar mentalidades, formas de ver o mundo. Há quem tenha crescido não só em altura. Mas em espírito.

A propósito de outras conversas, ontem disseram-me que as pessoas só ouvem o que realmente elas querem ouvir. E, sim, é verdade. Mas há, de facto, que parar para pensar quando estamos a cortar a liberdade aos outros, em função de caprichos alheios. Nunca retirem a liberdade a quem vos rodeia. É algo que estou a começar a aprender nos últimos tempos. Deixem-nos fazer o que os faz feliz. Não lhes cortem as asas. Não os limitem. Se insistirem em fechá-los a si mesmos, presos no seu próprio mundo, digo-vos que as consequências futuras podem ser piores. É nestas alturas que os males acontecem. Ninguém é perfeito. E é com as imperfeições, com os erros que se aprende e, muitas vezes, se sofre. Há muitas formas de contrariar os outros, mas há que saber contrariar, analisar a situação, ponderar o que poderá ser melhor para eles. E, não, não me venham com a história da preocupação. Preocupação a mais é algo doentio. Não é apenas dizer o não porque não. Há que saber justificar convenientemente. "A vida é curta e tens que a viver, aproveitar a tua idade", não é o que me está sempre a dizer? 

Ontem foi o dia das conversas, na faculdade, em casa. Disse à minha mãe que, talvez, se fosse um caso perdido (uma tal de "galdéria"), possivelmente teria acesso a mais liberdade. Mas como sou certinha e faço para tal, prendem-me a mim mesma. E acreditem que isso não é nada bom! A liberdade é algo bom, certo? 

Nos últimos tempos tenho tentado mudar. E, confesso, mudei a minha maneira de ser. Sou uma pessoa mais aberta. Há momentos em que temos que saber contrariar o que nos impõem, claramente, na medida certa. Mas os que nos rodeiam terão que saber respeitar o nosso espaço, a nossa vida, o nosso mundo. E isso para mim ainda está a um passo de acontecer. Enquanto eu viver presa, não literalmente, não conseguirei evoluir e crescer. Todavia, há pessoas que ainda não compreenderam isso. Pode ser que um dia acordem despertas para tal. 


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