Já me senti por várias vezes tentada a acabar com este blogue. Todavia, há sente algo que me "puxa" e, consequentemente, impede de o fazer. Cada vez mais confio na terapia blog-blogger. Acho que é muito mais eficiente do que ir ao psicológo e relatar-lhe as últimas peripécias da minha vida. Acreditem... ter um blog anónimo é do melhor para desabafar o que nos vai na alma, àcerca do que vemos, do que sentimos, com quem convivemos, da verdade, da falsidade. Mas a verdade é que este não é, definitivamente, um blogue anónimo. E eu, pessoa de bem, discreta, nada conflituosa, tímida, acanhada e um pouco teimosa... tenho algum cuidado com o que aqui escrevo.
No nosso dia-a-dia há muitas coisinhas que nos ficam entaladas na garganta (se não milhares), muitos pensamentos. E, não, eu não sou daquelas pessoas que dizem tudo o que pensam imediatamente. Sou bastante pensativa. Penso mais do que aquilo que falo. Acredito que mais fale poupar saliva, que a gastar inutilmente. Gosto de conhecer bem as pessoas primeiro, mesmo que há distância. Aprecio-lhe os gestos, a maneira de agir e de falar.
No outro dia, tive um episódio um pouco parvo. Mas... é verdade cada vez menos gosto das pessoas (não me interpretem mal), bem sei que há pessoas boas e pessoas más. Mas... há coisas que não tolero. Depois... há quem me diga bom dia todos os dias ( e eu digo), há quem nunca me diga nada e eu não digo, há quem me fale só quando lhe interessa. Há quem gostemos, há quem não gostemos. Se bem que eu raramente me dou mal com as pessoas. Adapto-me... embora chegar à confiança comigo seja muito complicado. Sou muito calada para quem quero, nos momentos que quero. E isso faz de mim alguém que vive no seu mundo, na sua esfera cristalina e um tanto obscura, em certos momentos.
Aprendi com o tempo, que há que desprezar quem não interessa, há que falar com quem confia em nós, em quem nos fala sempre e nos pergunta se estamos bem/mal, o motivo e afins. Confesso, às vezes também não vejo as pessoas, não é por mal, mas acontece (já vos aconteceu).
Observo que os últimos dias não correram bem, nem mal. Correram assim assim. Com o tempo, as feridas curam-se, os pensamentos alteram-se. Preciso de mudar qualquer coisa em mim, porém, preciso de descobrir essa coisa... "esse" pormenor que me faça ir ao meu encontro.
Faz-me bem escrever. Eu adoro escrever textos, mas "bonitos". Eu sei este texto de bonito não tem nada, de filosófico muito menos, mas tem algo de mim, que ninguém lhe pode retirar. Há que aprender a aceitar os nossos erros, há que festejar as nossas vitórias e aceitar as derrotas. Nada na vida é fácil. Eu sei. Há momentos de sorte, outros de menos sorte.
Ninguém é totalmente feliz, tal como ninguém vive eternamente triste. Não me venham falar nisso. E se assim fôssemos? Bem, seria uma grande chatice, uma enorme chatice. Não saberíamos avaliar as boas coisas da vida, as pequeninas e simples que nos fazem aceitar os bons momentos, partilhar alegrias, dar abraços, trocar palavras meigas. Há momentos para tudo. Depois há outros cujas lágrimas nos correm pelo rosto, em que choramos como se não houvesse amanhã, em que alagamos o nosso mundo imaginário para mais tarde vir o sol e nos dar um arco-íris. Bem...
Mas de tanto escrever, escrever com e sem sentido. Cansei. Cansei porque me fartei da incoerência de certos momentos, da falta de sentido de algumas palavras, das boas acções alheias, das falsidades mundanas.
HÁ MOMENTOS EM QUE TEMOS QUE MUDAR. E mudar custa.
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